Criminosos se passam por policiais para roubos em condomínios – veja como combater
A notícia assusta: três suspeitos foram presos após invadirem um prédio comercial na Barra Funda, Zona Oeste de São Paulo, se passando por policiais. O crime, ocorrido na manhã de último dia 7 de outubro, revela uma falha grave nos procedimentos de segurança do edifício e reforça a necessidade de protocolos estruturados para o atendimento a autoridades.
As investigações indicam que os criminosos utilizaram distintivos falsos e fingiram ser delegados para acessar o prédio. Câmeras de segurança registraram a ação, que começou por volta das 7h30, com os suspeitos entrando pelo estacionamento do edifício, localizado na Avenida Marquês de São Vicente.
Falhas que podem ser evitadas
Gabriel Borba, diretor do Grupo GB Serviços, destaca que a entrada de criminosos se passando por autoridades evidencia falhas na identificação e na condução de procedimentos internos. Ele alerta que protocolos bem estruturados são fundamentais para impedir esse tipo de ação.
“Mesmo que pareça simples, instaurar um protocolo de atendimento para autoridades gera controle e cria obstáculos que desestimulam ações criminosas. Quando o elemento percebe que será identificado e acompanhado, sua liberdade para agir de forma ilícita diminui consideravelmente”, explica Borba.
Segundo o especialista, medidas essenciais incluem:
- Identificação rigorosa: todos os visitantes que se apresentem como policiais ou oficiais de justiça devem ser obrigatoriamente identificados e ter sua documentação conferida.
- Autorização formal: a entrada só deve ocorrer mediante autorização expressa do gestor predial ou do síndico profissional.
- Acompanhamento constante: durante toda a permanência no prédio, autoridades devem ser acompanhadas por profissionais treinados.
- Capacitação contínua: tanto equipes internas quanto terceirizadas precisam de treinamentos regulares para reconhecer sinais de fraude e agir de forma preventiva.
- Equipe qualificada e suporte estratégico: empresas que terceirizam serviços de segurança devem oferecer suporte estratégico, planejamento de contingências e integração com a gestão predial.
Borba ressalta ainda que a segurança predial não deve ser encarada como um custo, mas como um investimento estratégico. “Ter profissionais qualificados, protocolos claros e suporte adequado é essencial para proteger não apenas o patrimônio, mas também os funcionários, visitantes e a reputação da empresa”, afirma.
O caso serve como alerta para empresas e condomínios comerciais: falhas na identificação de autoridades e na condução de protocolos internos podem facilitar crimes. A adoção de processos claros, treinamento constante e investimento em segurança são medidas indispensáveis para garantir proteção e tranquilidade em ambientes corporativos.